Ontem, 23/09, às 5 horas, eu, o Professor universitário aposentado, Roberto Peixoto, entrei no meu escritório, e refleti, sobre os encontros dos amigos aos sábados, na Rua da Matriz, na frente da Padaria Pães e Delícias e da Banca do Arlindo. Isto, já acontece, a mais de 30 anos. Por ali, transitam: todos os nossos colegas, professores, advogados, engenheiros, etc. São pessoas, da mais alta importância, como todos os seres humanos.
Os motivos? Rememorarmos às nossas histórias, refletirmos sobre o passado, futuro e, as nossas vidas. Naquele, metro quadrado na frente do Palácios do Bispo, “desfila” a nossa história. Ali, já aconteceram fatos, como: mortes, tragédias e, alegrias, misturadas aos sonhos dos que por ali transitam, em busca de compras e de vida.
Os destinos se entrelaçam, misturam-se e, encontram-se, em toda parte. que a vida nos apresenta. Parágrafo a parágrafo eu, vou escrevendo, neste computador, não, tão, moderno, todos os nossos pensamentos e ações. Dali, saíram os carnavais antigos, os encontros de blocos e os desfiles, do Boi da Cara Preta, das escolas de samba, como a Unidos da Vila e os belos encontros dos clubes, Comércio e Intermunicipal. O navio da Coca-Cola, sempre foi uma atração à parte.
Atravessando à Avenida, temos a Confraria do Café: ali encontramos, entre outros, LULA, o nosso pesquisador, e o Assis Claudino, comunista que escreveu “O Mostro Sagrado e o Amarelinho”, em alusão ao Movimento Militar de 1964, que a história nega e, chama de Revolução. Um equívoco ou uma estratégia dos militares que, sempre esconderam os males que este fato histórico, nos trouxe e, nos marca, como as torturas, as mortes e o exílio? Fora Ditadura! Os bravos caruaruenses não aceitam, como todos os brasileiros, não alienados.
Nas conversas que se desenrolam, há espaço para risos, desabafos e troca de ideias. Os integrantes da Confraria compartilham interesses comuns, sejam eles a literatura, a música, ou até mesmo a culinária. Essa pluralidade de temas enriquece as interações e fortalece os laços entre os membros.
A amizade, como um bem precioso, traz inúmeros benefícios. No contexto da Confraria, ela se manifesta em apoio mútuo, no compartilhamento de conhecimentos e na criação de um ambiente seguro para expressar emoções. As amizades cultivadas ao longo dos anos tornam-se verdadeiros alicerces, oferecendo suporte nas adversidades e celebrando as conquistas.
Entretanto, não podemos esquecer do tradicional Beco da Pequena de Ouro, por ondem transitam, pessoas, sonhos e vida em abundância. Como não lembrar de Bosco da Livraria Estudantil de Caruaru, que foi fundada em 1942, pelo empresário Severino Galvão Cavalcanti, também conhecido como Dr. Galvão. Descendo o Beco, encontramos o nosso maior patrimônio histórico: a Academia Caruaruense de Cultura Ciências e Letras, vizinha da Câmara Municipal; aqui. Da Academia, lembramos, Amaro Matias, Mário Menezes, entre outros imortais. A “Confraria” da Rua da Matriz representa uma celebração das amizades genuínas, um espaço onde a vida se torna mais rica através das conexões humanas. Ao olharmos para o futuro, é fundamental valorizar esses encontros e cultivar a amizade, pois é ela que nos conecta e nos transforma em uma verdadeira comunidade. Que a Rua da Matriz continue a ser um lar para todos aqueles que buscam amizade, compreensão e uma boa conversa!
Uma resposta
Muito apreciei o texto sobre os encontros na Rua da Matriz. A ACACCIL foi mencionada pelo prestígio daquela instituição em nossa cidade.
Eu sempre valorizo essas reminiscências que registram passagens da nossa História.
Parabéns ao autor
MALUDE Maciel