No último dia (domingo, 21) do Festival Pernambuco Meu País, no município de Bezerros, em Serra Negra, o povoado ficou ainda mais apaixonante. Conhecido pelas baixas temperaturas, a beleza do lugar presente nas vistas e mirantes exuberantes e ruas aconchegantes, a região apresentou um inverno de impressionar quem já teve contato com o frio. Somado ao clima agradável, o acolhimento do calor humano e as diversas atrações artísticas, quem passou por Serra Negra, de sexta (19) a domingo (21), viveu uma experiência inesquecível. Mais uma vez, o festival realizado pelo Governo de Pernambuco, por meio da Secretaria de Cultura do Estado (Secult-PE) e da Fundação de Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), promoveu a arte de forma potente e diversa, fazendo valer o reconhecimento que Pernambuco tem como um dos estados mais ricos no Brasil quando o assunto é cultura.
Na segunda parada do evento, em Bezerros, que ainda circulará por mais seis cidades (Gravatá, Pesqueira, Caruaru, Triunfo, Arcoverde e Buíque), foi unânime o reconhecimento da população e da classe artística de que o festival nasceu grande e deverá ter continuidade como política pública nos próximos anos.
Uma vivência singular e especial amplificada pela maestria de artistas de várias expressões artísticas, da literatura ao circo, da cultura popular às artes cênicas e circenses, da fotografia à música. Os polos País das Culturas Populares, País da Literatura, País das Artes Cênicas, Cortejo Brincantes, País do Circo, País do Artesanato e País da Cultura Alimentar, País da Música e Pernambuco Meu País receberam grandes nomes da cultura pernambucana e nacional e emocionaram pessoas de várias idades.
A última noite do Palco Pernambuco Meu País fechou com chave de ouro agradando um público grande e animado e atrações como Isadora Melo, que esquentou as pessoas com um compilado das canções de seus dois álbuns e versões de alguns projetos paralelos seus. Já o caruaruense Erisson Porto desfilou seu cancioneiro recheado de músicas que capturam a essência da cultura pernambucana. Inspirado por cantadores, repentistas e poetas da cultura popular do Nordeste.
O carioca Oswaldo Montenegro subiu ao palco com a leveza poética de trovador moderno que lhe é característica. Durante cerca de 40 minutos, Oswaldo enfileirou os sucessos de sua trajetória de mais de 50 anos de carreira. Fechando a noite, Jorge Vercillo trouxe o show da turnê JV30 em comemoração aos seus 30 anos de carreira. O cantor mesclou músicas do seu último álbum “Groove Mudo” com os grandes sucessos da sua carreira. “Monalisa”, “Que nem maré”, “Homem-aranha”, “Ela Une Todos as Coisas”, “Final feliz” e muitos outros.
No último dia do festival, o palco Pernambuco Meu País mostrou sua essência de unir o local e o nacional, somando os artistas que fazem o nosso país Pernambuco com aqueles que se sentem em casa no nosso país. E em Gravatá, a próxima cidade a receber o evento, de 26 a 28 de julho, será igual. Lá será realizada outra programação de respeito e atrações como o espetáculo Pernambuco Meu País, Rachel Reis, Raça Negra, Cascabulho, Chico César, Vanessa da Mata, Maeana, Ana Vitória e Alceu Valença, entre outros.
ARTE EM TODOS OS PALCOS – A programação neste domingo (21) também emocionou o público nos outros polos, como o País do Circo, que teve a presença do Grupo Fuzuê de Dança. O coletivo levantou na sua performance uma bandeira contra a intolerância religiosa, com o espetáculo Mestras, Mestres e Terreiros. “O Festival Pernambuco Meu País está sendo muito importante para a gente que faz a dança e a cultura. Eu fico muito feliz com esse projeto. A visibilidade é muito importante para a gente, e tem alguns momentos em que a arte fica esquecida”, comentou Fia Cachinhos, personagem da peça teatral.
Sorrisos, brincadeiras, arte do cordel e contação de histórias marcaram uma tarde agradável no País da Literatura. O polo recebeu o projeto Cordel Animado, das irmãs Mari e Milla Bigio, que une as duas irmãs, uma poeta e a outra musicista, numa mistura de contação de cordéis infantis com música e sonoplastia.
A renovação da cena musical pernambucana também teve destaque no palco País da Música, com apresentações de artistas que têm como marca o talento, a autenticidade e muito carisma: o bluesman Joanatan Richard, de Caruaru, e a cantora Una, do Recife.
No País das Culturas Populares, Serra Negra teve que se render a uma grande folia fora de época. O grupo Bonde Bloco Carnavalesco Lírico fez ferver o povoado com suas pastoras, orquestra, flabelo e foliões tocando temas próprios e standards do tradicional frevo de bloco sob um sol bem aconchegante.
PERNAMBUCO MEU PAÍS – Realizado pelo Governo do Estado, com R$ 25 milhões de investimento estadual e 80% de uma grade artística composta por artistas pernambucanos, o festival apresenta uma programação pensada no fortalecimento da produção cultural do Brasil, acolhendo as mais diversas linguagens artísticas. Nasceu um evento diverso e plural, voltado para atender a demanda de fazer circular a arte e suas expressões pela nação.
O Festival Pernambuco Meu País é realizado pela Secretaria Estadual de Cultura (Secult-PE) e Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe). Além disso, conta com apoios das prefeituras das oito cidades que receberão o evento, assim como das Secretarias de Meio Ambiente (Sema-PE), de Saúde (SES-PE), da Mulher (SecMulher-PE), de Defesa Social (SDS) e de Turismo (Setur-PE), além da Empresa de Turismo de Pernambuco (Empetur), da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (Adepe), do Conservatório Pernambucano de Música (CPM) e também da Companhia Editora de Pernambuco (Cepe).
Para acompanhar mais informações sobre o festival, acesse www.cultura.pe.gov.br/festivalpernambucomeupais ou a conta no Instagram @festivalpernambucomeupais.