Pela luz das profecias,
Veio um pregador com brilho:
João Batista era filho
De Isabel e Zacarias.
Foi Precursor do Messias
(Jesus, o Divino Mestre),
Teve uma vida campestre,
Mas no deserto pregava
E apenas se alimentava
Gafanhoto e mel silvestre.
Jesus caminhou com classe
Da Galileia ao Jordão.
Ali pediu a João
Pra que este O batizasse.
João, abaixando a face,
Ao Mestre dissuadia,
Dizendo: “Eu que deveria
Ser batizado por ti!”
Mas Cristo, o Justo Rabi,
Com ele mais insistia.
Jesus, ao ser batizado,
Assim que saiu da água,
João sentiu uma frágua
E ficou extasiado.
Tornou-se o céu clareado,
Uma pomba aparecia,
Uma voz do céu dizia
Sobre Jesus, o Ungido:
“Este é Meu Filho querido,
Que Me dá muita alegria!”.
No deserto poeirento,
Cumpriu o seu compromisso.
Não era como um caniço
Agitado pelo vento,
Não era um homem opulento
Galgando fama ou mister,
Nem político, chanceler,
Nem militar nem major,
Mas ele foi o maior
Dos nascidos de mulher.
A dança de Salomé,
O ódio de Herodias,
Pra não ouvir homilias
Nem se dedicar à fé;
A mulher bateu o pé
De maneira malfazeja,
No baile criou peleja
No pecado pôs a meta
E a cabeça do profeta
Requereu numa bandeja.
Foi morto, foi sepultado,
Mas seu corpo enfrentou dano;
Por ordem de Juliano,
Teve o caixão profanado.
Um profeta injustiçado
Que tinha amor à justiça,
Pois a sua fé castiça
Foi luz neste mundo injusto,
O céu enaltece o justo
Que a terra fez injustiça.
O Reino traz a mensagem
Da justiça e do perdão,
A coragem de João
Espelha essa mesma imagem.
Quem tem a mesma coragem
Pra não temer “Salomé”,
Pra não claudicar o pé,
Nem negar os planos seus,
Viver por amor a Deus,
Morrer por amor à fé?
Uma resposta
Jénerson sendo Jénerson o tempo todo. Uma marca de escrita de excelência literária 👏👏👏