O TEA – Teatro Experimental de Arte, liderado pela presidente Arary Marrocos, está trazendo uma oportunidade única para os entusiastas do teatro em Caruaru, Pernambuco.
Como parte do projeto “Um teto para o TEA – Projeto de requalificação do Teatro Lício Neves”, com apoio do Funcultura/Fundarpe/Secretaria de Cultura de Pernambuco, será realizada a oficina “Teatro do Oprimido”.
A oficina, ministrada pelos artistas do Nexto (Núcleo de Experimentações em Teatro do Oprimido), Andréa Veruska e Wagner Montenegro, propõe uma imersão no estudo e prática dos jogos e exercícios do Teatro do Oprimido, reconhecidos como ferramentas para a criação cênica experimental e para a reflexão sobre questões sociais.
O Teatro do Oprimido é uma forma de teatro criada pelo renomado dramaturgo brasileiro Augusto Boal. Surgiu no contexto das lutas políticas e sociais no Brasil durante a década de 1960, quando Boal estava profundamente envolvido com movimentos de resistência à ditadura militar.
A essência do Teatro do Oprimido está em sua abordagem participativa e engajada, que busca promover a conscientização, a mobilização e a transformação social. Em vez de a presentar uma narrativa unilateral, o Teatro do Oprimido envolve os espectadores e participantes ativamente, convidando-os a refletir sobre questões sociais, explorar diferentes perspectivas e buscar soluções para os desafios enfrentados pela comunidade.
Boal desenvolveu várias técnicas e exercícios para facilitar essa interação, incluindo jogos teatrais, improvisações e performances. O objetivo é criar um espaço seguro e criativo onde as pessoas possam compartilhar suas experiências, expressar suas opiniões e experimentar diferentes formas de agir e reagir diante das injustiças e opressões.
Uma das características marcantes do Teatro do Oprimido é o uso do “espect-ator” em vez de “espectador”. Boal acreditava que todos têm o potencial de serem “espect-atores”, ou seja, pessoas que não apenas observam passivamente, mas também se envolvem ativamente na ação teatral, transformando-se de meros espectadores em agentes de mudança.
Ao longo dos anos, o Teatro do Oprimido se espalhou pelo mundo, sendo utilizado em diversos contextos, desde comunidades locais até instituições educacionais e organizações não governamentais. Sua abordagem inclusiva e empoderadora o tornou uma ferramenta poderosa para promover o diálogo, a consciência crítica e a justiça social em diversas culturas e sociedades.
Esta formação intensiva de 20 horas/aula será uma oportunidade valiosa para aqueles interessados em explorar o Teatro do Oprimido como um dispositivo estético para a discussão e compreensão mais profunda das questões sociais que afetam nossa comunidade.
As inscrições para a oficina estarão abertas de 01 a 08 de abril. Lembramos que a participação é gratuita, porém, devido à capacidade limitada do espaço, apenas 20 vagas serão oferecidas, preenchidas por ordem de inscrição.
Esta é uma oportunidade imperdível para mergulhar na arte do Teatro do Oprimido e contribuir para uma discussão mais profunda sobre as questões que afetam nossa sociedade.
SERVIÇO
Oficina Teatro do Oprimido
Ministrantes: Andréa Veruska e Wagner Montenegro – NEXTO PE
Local: Teatro Lício Neves – Rua Carlos Laet 352, Indianópolis, Caruaru, PE – CEP 55026-145
Datas: 11, 12, 18 e 19/04
Horário: 17h às 22h
Vagas: 20
Idade: a partir dos 16 anos
Divulgação dos selecionados: 09/04 – por email
Inscrições: 01/04 a 08/04 – ACESSE AQUI: https://forms.gle/NiaXqDig7CfMxxxd9