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João, Pedro e Antônio, os donos do arraiá. Por Urbano Silva*

24 de junho de 2024

Celebração criada pelas tradições populares da igreja católica, a festividade junina é a soma de várias tradições de diversos países, que montam um painel cultural no nordeste do Brasil, a partir de um recorte de muitas culturas.

A  quadrilha de origem francesa, as  bandeirolas de Portugal, os fogos e balões da cultura oriental, as guloseimas das culinárias africana e indígena, a sanfona que nasce da soma do fole escocês com a gaita, a zabumba dos tambores africanos e o triângulo inserido no forró por Luiz Gonzaga.

Como patronos do ciclo, temos três personagens católicos, sobre os quais existe curiosa biografia. Na ordem cronológica, temos João, Pedro e Antônio.

Sobre o famoso trio, vamos ao que nos ensina a história.

João não tinha sobrenome, ficou conhecido como o Batista, por batizar as pessoas nas águas dos rios, como precursor de Jesus, de quem era primo legítimo. Optou por uma vida desprovida de qualquer luxo, viveu anos finais como caminhante, se alimentando de mel e plantas. Nos evangelhos, batizou o primo e faleceu dias depois, decapitado a golpe de espada, por ordem do rei Herodes, a partir de uma promessa que o monarca deu a uma mulher, filha de sua amante, em uma festividade no seu palácio. João é padroeiro da igreja católica, que denomina a festa rural de “Joanina” e não junina. 24 de junho é celebrada a sua memória.

Pedro, nascido como Simão, foi apóstolo de Jesus. Era um rude pescador, desprovido de instruções, e entre os apóstolos, o mais humano de todos, com suas complexidades dos nossos tempos. Temperamental, inquieto, andava armado com espada e cortou a orelha de um centurião com ela. Andou por sobre as águas, mas duvidou e afundou. Assistiu a multiplicação de peixes, curas e milagres. Prometeu ser crucificado no lugar do Mestre, mas em seguida negou que O conhecia. Tornou-se evangelizador e foi decapitado no monte Paladino, em Roma, o seu corpo está sepultado na cripta da capela Cistina, no Vaticano. Os católicos o definem o primeiro Papa.

 

Fernando Antônio de Bulhões nasceu em Portugal, em 15/08/1191, filho único de rica família de um oficial português. Aos 19 anos entrou para um mosteiro. Sua habilidade social e inteligência chamou a atenção de todos. Fez uma carreira brilhante no catolicismo, foi para a Itália, onde se tornou amigo pessoal de Francisco de Assis, outro destacado personagem de sua época e da igreja. Optou pela evangelização rural e a convivência com os mais pobres, por sua sabedoria foi o primeiro Doutor em Teologia. Escritos de sua época o descrevem como sereno, acolhedor, ouvinte, sábio no que se propunha. Após duas décadas de intenso trabalho de evangelização, faleceu de causas naturais em 13 de junho de 1231, em Pádua, na Itália. É padroeiro dos casamentos, de Portugal e da Itália.

Está nas páginas da história . Fé, tradições e artes. E viva a cultura nordestina.

 

Prof. José Urbano

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