Os artistas que se apresentaram, nesse domingo (23), véspera de São João, no Polo Azulão, levaram uma mistura de ritmos para o palco. Mas o forró não passou despercebido. Cascabulho e André Rio, por exemplo, incluíram muito arrasta-pé nos seus repertórios. Mas a noite foi marcada mesmo pelas homenagens à Banda de Pífanos de Caruaru.
Primeira atração da noite, Cascabulho apresentou um repertório com muito forró. Convidando o público para celebrar a véspera de São João com grandes sucessos (cantados por eles e por outros intérpretes). E recebeu, inclusive, convidadas, a exemplo da caruaruense Isabela Moraes.
“É sempre uma honra pisar no palco do mestre Azulão, que representa muito para a cultura da música nordestina, da música brasileira e da música caruaruense. Mais uma vez, estamos aqui em uma noite com tanta gente bacana”, destacou Kléber Magrão, vocalista da Cascabulho.
André Rio, segunda atração da noite, levou muito frevo para o palco. E, em alguns momentos, fez o público se sentir em um dos blocos que costuma puxar durante o Carnaval do Recife. Mas, como legítimo pernambucano, também tocou forró.
Já a Banda de Pífanos de Caruaru fez uma apresentação para ficar marcada na história. O grupo conduzido pela família Biano comemorou, no palco do Polo Azulão, cem anos de atividades. E, claro, durante a apresentação teve muita emoção.
Isso porque, se não bastasse a data histórica, reflexo de muita dedicação e amor à arte, João Biano, neto de um dos fundadores da banda, recebeu, da Câmara Municipal de Caruaru, a Medalha de Honra ao Mérito Sebastião Clarindo Biano.
O show foi encerrado em sincronia com o público, pois, ao tocar músicas de Lia de Itamaracá, por exemplo, acabaram mobilizando a plateia para formar várias cirandas. Que, aos poucos, se uniram, formando uma só. Uma verdadeira homenagem aos músicos, que encerraram a apresentação envolvidos pela atitude dos presentes e sob aplausos.